A vacina contra a poliomielite: tudo o que você precisa saber

Como já faz algumas semanas, em uma série de entradas nas quais explicamos tudo relacionado às vacinas infantis, hoje vamos falar sobre o vacina contra a poliomielite, que na infância é combinado com outras vacinas, como tétano, difteria, tosse convulsa ... em apresentações pentavalentes e hexavalentes, ou soltas, sozinhas, para quando você deseja administrar esta vacina apenas (uma criança que vem de outro país quando for mais velho e não houver possibilidade de administrar vacinas infantis).

A vacina contra a poliomielite é administrada, na infância, dentro da vacina hexavalente, administrada aos 2, 4 e 6 meses, que protege contra seis doenças: tétano, difteria, pólio, tosse convulsa ou coqueluche, a Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B. Aos 18 meses, é administrado pentavalente, que carrega outra dose de poliomielite.

É uma vacina que é administrada quatro vezes e que não precisa de memórias, portanto, uma vez administrado nessas idades (2, 4, 6 e 18 meses), não há necessidade de reaplicá-lo. Caso uma criança tenha mais de 7 anos e nunca tenha sido aplicada, três doses da vacina serão suficientes.

O que é poliomielite?

É uma doença sofrida por muitos dos adultos da geração que nos precede porque houve surtos entre 1950 e 1964 que poderia ter sido minimamente controlado com a vacina, que chegou à Espanha em 1955, mas só era administrado aos filhos de pessoas próximas ao regime de Franco, além dos de funcionários de grandes empresas. Somente em 1964 a vacina foi estendida a toda a população.

Agora, graças a isso, é muito difícil ver novos casos de poliomielite, que são uma doença muito contagiosa causada pelo vírus do poliovírus, que invade o sistema nervoso e produz paralisia em questão de horas. Afeta principalmente crianças menores de 5 anos.

O contágio ocorre pela boca (secreções respiratórias) e pela via fecal oral, ou seja, quando a higiene das mãos é precária. Uma vez que o vírus entra, ele não pode infectar e ser assintomático (na maioria das vezes) ou pode entrar no sistema central, passar para a corrente sanguínea e começar a destruir células nervosas motoras, causando paralisia flácida aguda. Os sintomas iniciais são febre, fadiga, dor de cabeça, vômito, dor nos membros e rigidez do pescoço. Uma em cada 200 pessoas infectadas sofrerá paralisia irreversível e entre 5% e 10% desses casos morrem de paralisia muscular respiratória.

Como prevenir a doença

Sendo uma doença tão contagiosa, a única maneira de controlar e evitá-la é vacinação de tantas crianças quanto possível. Quanto maior a vacinação, menor a probabilidade de contrair a doença e gerar um surto. De fato, é uma doença praticamente erradicada, que não ocorre inteiramente porque surtos ainda aparecem em países cuja taxa de vacinação não é alta, como Nigéria, Mali, Afeganistão, Paquistão e Índia.

A pólio é tratada?

Não existe tratamento para curar a doença, mas vários tratamentos para aliviar os sintomas de infecção. Estamos falando sobre o uso de antibióticos se houver infecção urinária, calor úmido para reduzir dores e espasmos musculares, analgesia para dores e espasmos musculares e tratamentos de fisioterapia, cirurgia ou correção ortopédica para ajudar a restaurar a força e a funcionalidade muscular.

De onde você tira a vacina?

Os bebês, quando colocados aos 2, 4 e 6 meses, são administrados por via intramuscular (dentro do músculo) na perna. No quadríceps, para ser mais exato. Antigamente era administrado na nádega, mas foi observado que a absorção é pior, com músculos como os deltóides (no ombro, mas não recomendado em bebês) e o quadríceps sendo a escolha.

Quando são colocados aos 18 meses, geralmente é feito no braço, no músculo deltóide do ombro.

Efeitos colaterais da vacina contra a poliomielite

A vacina contra a poliomielite, quando ligada a outras vacinas, pode causar efeitos colaterais derivados da poliomielite, mas também das vacinas que a acompanham. A dose de poliomielite administrada isoladamente alguns efeitos colaterais graves, embora possam aparecer dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção.

A porção tetânica da vacina pode causar dor e inchaço no local da injeção e, às vezes, uma erupção cutânea que geralmente desaparece em 24 horas. A difteria pode ter os mesmos efeitos colaterais que o tétano.

Quando acompanhada de coqueluche, pode ocorrer febre e irritabilidade e, se acompanhada de Haemophilus influenza O tipo B também pode causar febre. Embora, em geral, qualquer vacina possa ser acompanhada de febre.

A ocorrência de inflamação cerebral após a vacina (Falo da vacina combinada), mas a incidência é muito baixa (1 em 110.000 casos) e não se sabe se é uma reação à vacina ou se é causada por outras substâncias ou infecções.

Está relacionado à Síndrome da Morte Súbita Infantil?

Como explicamos nas entradas anteriores, diz-se que a vacina contra difteria e tétano, combinada com as outras vacinas, neste caso com poliomielite, pode estar relacionada à Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI). Porém, não há evidência científica isso mostra que existe uma relação entre uma coisa e outra.

O mito ainda está vivo porque a primeira dose é dada aos dois meses, quando o risco de SMSL é muito alto.

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