Mulheres que dão à luz no inverno e na primavera podem ter um risco menor de depressão pós-parto

A depressão pós-parto é um problema real que milhares de mães sofrem em silêncio, algumas por medo de serem criticadas ou julgadas. Por que isso acontece? Existem fatores que aumentam a chance de conseguir isso?

Um novo estudo descobriu que a idade gestacional, o índice de massa corporal, bem como a época do ano em que os bebês nascem, podem influenciar as chances da mãe sofrer de depressão pós-parto.

O que diz o estudo?

Apresentado em um comunicado de imprensa publicado no site da Associação Americana de Anestesiologistas, um estudo realizado com a participação de mais de 20.000 mulheres que deram à luz entre junho de 2015 e março de 2017, Tive o objetivo de descobrir quais eram os fatores que aumentavam o risco de depressão pós-parto, para saber se alguns deles poderiam ser evitados.

O estudo identificou alguns fatores que aumentam ou diminuem a possibilidade de mulheres que sofrem de depressão pós-parto: raça, índice de massa corporal, idade gestacional no momento do nascimento dos bebês, se receberam ou não anestesia e o tempo de ano em que deram à luz. Das 20.198 mulheres que participaram, foram identificados 563 casos de depressão pós-parto.

Um dos resultados encontrados foi que, em maior idade gestacional, ou seja, quanto mais avançada a gravidez, menor o risco de depressão durante o pós-parto. Isso coincide com um estudo anterior, no qual se falou que um parto prematuro favorece a depressão pós-parto. Os pesquisadores pensam que isso ocorre porque os bebês gestacionais mais velhos eram, mais seguros e calmos suas mães eram de como eram.

Outro dos fatores que influenciam é a índice de massa corporal, do qual se constatou que quanto maior, maior a probabilidade de sofrer de depressão pós-parto. As mulheres no estudo que tiveram um IMC mais alto precisavam de mais consultas de acompanhamento e tiveram maiores complicações relacionadas à gravidez.

Entre todas as raças incluídas no estudo, verificou-se que Mães caucasianas eram menos propensas a ter depressão pós-parto. Acredita-se que um possível fator nesse resultado seja a situação socioeconômica, segundo a etnia de cada mãe.

Um resultado que os pesquisadores acharam interessante é que as mães que deram à luz no inverno e na primavera tiveram menor risco de sofrer de depressão pós-parto. Isso pode ser devido ao fato de que o atendimento psicológico e o apoio às mães são melhores em situações com condições climáticas extremas.

Verificou-se também que mulheres que não usaram anestesia durante o parto podem aumentar o risco de depressão pós-parto, isso porque a intensidade da dor pode ser traumática demais para eles.

Em relação ao tipo de parto, verificou-se que não houve diferença entre o parto e a cesariana no momento da avaliação da probabilidade de ter depressão pós-parto. O sexo do bebê também não influencia o risco de sofrer.

É possível prevenir a depressão pós-parto

É importante lembrar que, embora os estudos científicos nos ajudem a entender como e por que certas situações ocorrem, isso não significa que elas indicam estritamente o que acontecerá. Todo mundo menciona que alguns fatores poderia Aumente ou diminua certos riscos.

No entanto, esses resultados servem como um lembrete para melhorar alguns aspectos de nossas vidas e, assim, impedir o aparecimento da depressão pós-parto. Cuidar de nossa saúde antes e durante a gravidez, além de ter uma rede de apoio, nos ajudará a ter um melhor pós-parto. Porque a depressão pós-parto é mais frequente do que imaginamos, mas tem uma solução.

Fotos | iStock
Via | Estudo encontra
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