A amamentação pode reduzir o risco de doença de Alzheimer nas mães

Algumas décadas atrás, a maioria dos bebês bebia leite artificial. Isso fez com que apenas quando a ciência avançasse o leite materno fosse uma grande incógnita e não até agora, no momento, quando estamos descobrindo o que ele faz no corpo dos bebês e o que faz no das mães que amamentam.

Sabemos que, entre outras coisas, a amamentação reduz o risco de câncer de mama, ou o que é o mesmo, que não amamentar aumenta o risco de sofrer com isso, e agora sabemos outro efeito: amamentação pode reduzir o risco de doença de Alzheimer nas mães.

Dados do Estudo

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, realizaram um estudo publicado na revista "Jornal da doença de Alzheimer", no qual eles também comentam que quanto mais prolongada a amamentação, menor o risco de sofrer da doença.

O estudo foi realizado com 81 mulheres com doença de Alzheimer e 81 mulheres que não (Alzheimer), uma amostra muito pequena, na verdade, e as fez ver que a amamentação ajuda as mulheres que perderam a tolerância à insulina para restaurá-la.

Contudo, quando as mulheres tinham histórico de demência na família, o efeito era menor, ou seja, o risco foi reduzido de maneira menos acentuada.

Os pesquisadores estão felizes em encontrar novas linhas de pesquisa que os ajudem a entender quais são os fatores que tornam uma pessoa suscetível à doença de Alzheimer, que é o distúrbio cognitivo mais comum no mundo, que afeta 35,6 milhões de pessoas, e feliz também porque a amamentação é cada vez mais o alimento dos bebês, sendo uma medida preventiva maciça e sem custo.

Como você explica?

A maneira pela qual a amamentação de um bebê reduz o risco de doença de Alzheimer é desconhecida. Os pesquisadores acham que pode ser por causa da privação do hormônio progesterona durante a amamentação, conhecido por perder a sensibilidade dos receptores de estrogênio no cérebro e que também pode ser devido ao Maior tolerância à glicose através da restauração da sensibilidade à insulina, porque na doença de Alzheimer há uma resistência à insulina no cérebro.

Seja como for, espero que essa nova avenida de pesquisa seja ampliada com novos estudos que conscientizem a sociedade, incluindo os profissionais de saúde, que O mais recomendado para bebês e mães é a amamentação e que todos que formam o ambiente devem apoiar e ajudar as mães para que possam fazê-lo sem críticas, sem interferências e com o respeito que merecem.